Da Seleção Brasileira à inspiração de novos talentos

Giordanna Vallejos/AG

Conheça a jornada de Marcia Korndoerfer Tornin

Por Giordanna Vallejos

Com uma carreira marcada por paixão, resiliência e dedicação ao esporte, Marcia Korndoerfer Tornin, agora com 60 anos e professora de educação física aposentada, traz à tona uma jornada de desafios e conquistas que transcendem quadras e ginásios. Desde o seu destaque por fazer parte da Seleção Brasileira de Handebol, aos 23 anos, quando já era mãe de dois filhos, até seu atual papel de treinadora e mentora, sua história é um testemunho vivo de como o esporte pode transformar vidas.

Vida em 1986

“Tinha 23 anos e dois filhos quando estava jogando na Seleção Brasileira de Handebol. Os meus dois filhos pequenos foram junto, participando de treinos e compartilhando essa paixão comigo”, relembra Márcia. Sua história de dedicação ao esporte nasceu de um desejo profundo e contou com o apoio incondicional de sua família.

Ensinar e inspirar

“Sempre fui professora de sala de aula e a paixão por ensinar sempre caminhou lado a lado com minha dedicação ao esporte”, Márcia enfatiza. Sua carreira como educadora física não se limitou a quadras, trazendo projetos de contraturno que buscavam inspirar os jovens a se envolverem em atividades físicas e esportivas. Ela também participou da Secretaria de Educação. A Escola Rui Barbosa, na qual passou mais tempo como professora, a quadra de esportes leva o nome de Márcia.

Família de atletas

Com uma carreira que cruzou fronteiras, Márcia não só jogou handebol em diferentes países, incluindo Alemanha e Japão, mas também se dedicou a compartilhar sua paixão com a próxima geração. “Meu marido foi professor de Educação Física. Minha filha jogou handebol, meu filho foi para o futebol. E agora, meu filho mais novo segue nossos passos, trabalhando como professor de educação física”, destaca, revelando uma conexão única da família com o esporte.

“Meu marido não apenas é professor de educação física, mas também foi meu técnico e companheiro em nossa jornada esportiva”, Marcia relembra com carinho.
A relação que começou na escola como professor e aluna floresceu em uma colaboração profissional e pessoal duradoura, enriquecendo sua trajetória no esporte.

Legado do esporte

“Sou o que sou, posso dizer com toda certeza, muito do que o esporte me ensinou. A não desistir, a me entregar de corpo e alma naquilo que faço, respeitar quem está do meu lado, trabalhar em equipe, não pensar só em mim, pensar em quem está ao meu redor também, o esporte ensina muito isso. O esporte é um professor também”, reflete Marcia. Além das vitórias e derrotas, ela valoriza a amizade construída entre atletas adversários, mostrando que o verdadeiro ensinamento do esporte vai além das quadras.

A aposentadoria de Márcia não a afastou do handebol. Pelo contrário, permitiu que ela se dedicasse ainda mais a retribuir tudo o que o esporte lhe proporcionou. “Hoje é a minha vez, é o meu momento de retribuir tudo aquilo que recebi”, compartilha emocionada. Como treinadora e embaixadora do mini handebol no Rio Grande do Sul, do projeto da Confederação Brasileira, ela segue atuante, incentivando futuros atletas.

LEIA A REPORTAGEM DE 1986

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