Conheça Sofia Godoy, a skatista de 13 anos que foi convocada para a Seleção Brasileira Júnior de Skate Park

Angélica Spengler/AG

Com o desejo de se profissionalizar, viajar mundo afora e, também, disputar uma Olimpíada, a skatista campo-bonense Sofia Godoy, de apenas 13 anos, não mede esforços para correr atrás dos seus sonhos.

A garota, que é apaixonada pelo esporte desde outubro de 2019, tem dado um show pelas pistas do país. Mas nada se compara ao dia 12 de abril, que vai ficar marcado na memória da skatista, no qual a Confederação Brasileira de Skate (CBSk) anunciou a Seleção Brasileira Júnior (Sub-16) para a atual temporada e Sofia foi uma das convocadas.

“Eu treinei muito para atingir este objetivo, que é a realização de um sonho e me motiva a treinar ainda mais”, afirma a skatista. “Pra mim, ter sido selecionada foi uma conquista muito grande. Eu vou sempre me dedicar para atingir meus objetivos que é chegar na seleção principal, porque agora estou na de base. E, quem sabe, me tornar uma medalhista olímpica”, expressa, contente e com as pernas inquietas loucas para subirem no skate novamente.

“O skate significa gratidão para mim e eu quero fazer desse esporte uma profissão”

O grupo da Seleção Júnior é composto por três meninos e três meninas de até 16 anos. Os nomes que integram o grupo foram definidos pela comissão técnica da CBSk ao longo de reuniões de trabalho e planejamento, levando como base critérios técnicos dos atletas. Em 2021, ela ficou em terceiro lugar na classificação geral da Liga Nacional Amadora de Bowl (LAB), em disputa com skatistas de todas as idades. No total, 12 atletas formam o grupo (6 no Park e 6 no Street).

Apesar dos ainda poucos anos sobre o skate, a convocação para a equipe nacional já se mostrava apenas questão de tempo. O pai da menina, Doglas Godoy, destaca esse ponto. “Os critérios que foram avaliados, além dos campeonatos amadores, é a evolução das técnicas dela. Um ponto crucial que chamou a atenção da Sofia para a convocação foi o pouco tempo que ela anda. A evolução dela é muito rápida, porque em outubro vai completar três anos que ela pratica o esporte”, diz.

Skate Park

A modalidade de skate park mistura o bowl e o street. O skate street, praticado pela medalhista olímpica Rayssa Leal, como o próprio nome diz, é a modalidade que envolve elementos do dia a dia encontrados pelas ruas, como bancos, corrimãos, escadas e rampas. As pistas simulam a arquitetura da cidade e as manobras podem ser as mais variadas possíveis, de acordo com a criatividade do atleta, como as manobras flip, grind ou ollie.

Já o skate bowl, que é geralmente o praticado por Sofia, é a modalidade mais clássica do skate. Ela remonta às origens do esporte e a prática nas piscinas californianas da década de 1970, quando piscinas vazias eram utilizadas para fazer manobras e movimentos que remetem ao surf, só que no concreto. Neste caso, quem é bowlrider – o atleta – nem precisa tirar os pés do shape do skate nas paredes côncavas e inclinadas em formato de bacia. A gravidade faz uma boa parte do serviço e aí fica por conta da criatividade.

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