Conheça o novo capitão da Brigada Militar

Giordanna Vallejos/AG

Por Giordanna Vallejos

O município foi contemplado com o novo comandante da Brigada Militar, na segunda-feira, 22. O Capitão Nilton Godoy Nunes Júnior assumiu a posição e trás consigo uma vasta experiência na carreira militar, que vivenciou em sua maior parte em Porto Alegre. Confira a entrevista exclusiva do Jornal A Gazeta com o capitão.

A Gazeta – Qual a sua bagagem profissional na área de segurança pública?
Capitão Nilton Godoy Nunes Júnior –
Eu já tenho 20 anos de Brigada Militar, ingressei em 2003 na academia de Polícia Militar como soldado e de 2003 até 2011 eu fui do batalhão de choque. Em 2012 fui inspetor da Polícia Civil em Alvorada por seis meses. Em novembro de 2012, ingressei na academia de Polícia Militar para fazer o curso superior da Polícia Militar, que me deu a chancela no posto de capitão de Brigada, no 9º batalhão, da região central de Porto Alegre. Comandei a companhia especial, que é a força tática, concomitante fui chefe da inteligência do 9º batalhão, até ser transferido para o comando de policiamento da capital. E este ano, fui designado para comandar Campo Bom.

AG – Como as experiências moldaram a sua perspectiva?
Godoy –
A nossa experiência vai fazendo a gente mudar olhares. Quando eu cheguei novo, lá atrás, eu queria só prender. E depois a experiência nos traz que a prisão é um resultado favorável, mas que alguém foi lesado, o Estado ou o cidadão, e eu comecei a entender que a melhor forma de atuação da polícia ostensiva é a prevenção, é fazer com que o cidadão não seja lesado. Dificilmente um criminoso vai atuar onde tiver a presença policial. Sempre falo a importância da atuação, de não apenas passar pelas ruas, mas parar em determinado local, conversar com a pessoa, ficar em um determinado local de visibilidade, porque a viatura não é tão vista quanto às pessoas circulando.

AG – Qual a importância da aproximação da Brigada Militar com a comunidade?
Godoy –
Essas experiências que citei anteriormente mudaram a minha forma de perceber como deveríamos conduzir o policiamento comunitário. Em 2014 fui designado para comandar a 3ª companhia do 9º batalhão. Eu precisava aprender a trabalhar com policiamento preventivo. Fiz um curso de polícia comunitária em 2015. Em 2017, fiz um curso de gestão em polícia comunitária no Japão, que é considerado o pioneiro na atividade de polícia comunitária. Retornei com mais ideias e coloquei esse trabalho em prática na região. A comunidade vai ser parceira sempre, mas ela depende da provocação da polícia. A minha última aproximação em Porto Alegre foi com a comunidade judaica, que é muito forte lá, tanto que sempre trago a bandeira comigo. Em 2019, através do ministério da diáspora de Israel, fui indicado para fazer um curso antissemitismo lá em Israel e voltei com uma visão diferente da realidade.

AG – Como se sente vindo trabalhar em Campo Bom?
Godoy –
Me sinto feliz por estar aqui, porque esses 20 anos foram estritamente Porto Alegre, e eu vislumbrava que faltava uma experiência de interior. E esse conhecimento que exerci lá, com a experiência de interior vai engrandecer muito a minha carreira e obviamente vai trazer toda essa experiência para Campo Bom. Eu vou fazer o meu melhor, temos as nossas limitações, eu sei que o índice de criminalidade de Campo Bom é menor do que o de Porto Alegre, mas não menos importante. Precisamos muito do auxílio das autoridades, da imprensa, da comunidade, para que juntos, possamos fazer o melhor para a segurança.

AG – Quais os planos para a segurança da cidade?
Godoy –
Vamos criar a patrulha comunitária, que vai fazer o serviço de patrulha comunitária e escolar, e quando eu receber efetivo vou fazer a patrulha escolar e a patrulha comunitária. Vamos criar grupos de WhatsApp com o Servidor Militar Estadual da sala de operações lincado nele 24h por dia, mas a urgência segue no 190, por telefone, mas o WhatsApp vai servir para que a comunidade nos oriente. Vamos retomar o Proerd e atender o maior número de escolas possível. Nós também somos parceiros para ações sociais, o quartel está como ponto de coleta para a campanha do agasalho.

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