Conheça a história do CTG M’Bororé

Desde tempos imemoriais, a lenda do índio M’Bororé ecoa nos campos do Rio Grande do Sul, guardião de tesouros culturais e símbolo de lealdade às tradições. Esta mesma lealdade foi resgatada em 1986 por um grupo de jovens liderados por Marcos Leandro Mödinger, que ergueram o estandarte da cultura gaúcha em meio aos ventos do progresso. Inspirados pela figura do índio guardião, deram vida ao Grupo de Artes Nativas M’Bororé, um marco na preservação das raízes do sul.

O caminho rumo à consolidação foi marcado por uma busca incansável pela autenticidade cultural. Segundo Denise Lampert, uma das primeiras coordenadoras do Departamento Cultural, “Nós queríamos ser mais do que simples dançarinos, queríamos ser os guardiões da alma gaúcha”. E assim, em 26 de julho de 1986, nascia o Grupo de Artes Nativas M’Bororé, com a missão de preservar e propagar a cultura gaúcha e latino-americana.

Sob a liderança de Marcos Mödinger, o grupo não se limitou ao folclore gaúcho, expandindo seus horizontes para além das fronteiras do Estado. Rapidamente, tornaram-se embaixadores culturais, representando Campo Bom em festivais por todo o país. O legado do jovem líder ecoa até os dias de hoje, permeando cada passo dado pelo M’Bororé.

A história do CTG M’Bororé é marcada por momentos de superação e renovação. Após o trágico falecimento de Marcos Mödinger em 1989, o “Grupo Show” se desfez, mas a chama por ele iniciada continuou acesa. Em outubro de 1992, com coragem e audácia, o Centro de Tradições Gaúchas M’Bororé foi fundado, desbravando novos horizontes como o índio guardião que lhe empresta o nome.

Desde então, o M’Bororé escreveu sua história com letras douradas no tradicionalismo gaúcho. Conquistando prêmios e reconhecimento em diversos festivais e concursos, como o ENART e a JUVENART, o CTG M’Bororé ergueu-se como uma fortaleza da cultura gaúcha, sustentando o lema “Da Cultura e da Tradição, Eterno Guardião”.

Mas o legado do M’Bororé vai além das premiações e dos palcos. O Sarau de Arte Gaúcha, criado em 1993, tornou-se uma das maiores referências culturais do Rio Grande do Sul, enaltecendo a arte e a cultura regional. Além disso, o Bivaque da Poesia Gaúcha Piá, coordenado pelo CTG M’Bororé, estimula a criatividade e o amor à terra gaúcha entre os jovens, garantindo a continuidade das tradições por gerações.

Hoje, o CTG M’Bororé é mais do que uma instituição cultural, é um símbolo de resistência e devoção às raízes do Rio Grande do Sul. Com cinco grupos de danças tradicionais e uma galeria de conquistas que enriquecem sua história, o M’Bororé segue firme como um guardião das tradições, mantendo viva a chama do tradicionalismo gaúcho para as futuras gerações.

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