Casos de dengue dobram entre janeiro e março em Campo Bom

Bairro com maior número de casos é o Centro

Conforme Vera Lucia Ribas Kumar, coordenadora da Vigilância Epidemiológica, o ano iniciou com a notificação de dois casos de dengue em janeiro. Em fevereiro, houve um aumento para quatro infectados, subindo para seis em março, o que demonstra uma tendência crescente das notificações. Neste mês de abril, foram dois casos positivos de dengue até a segunda-feira, 10.

O bairro do município com mais casos confirmados de dengue é o Centro, com quatro infectados, seguido pelo Imigrante Norte, com três, e Operária, com dois casos. Até o momento, foram confirmados 14 casos de dengue no município em 2023.

Ciclo reprodutivo do mosquito

Roberta Reichert da Silva, coordenadora da Vigilância Ambiental, explica o ciclo reprodutivo do Aedes aegypti. “A fêmea do mosquito deposita seus ovos nas bordas dos recipientes com água limpa e parada. Dois ou três dias após o contato com o líquido, os ovos viram larvas e dias depois chegam na fase da pupa. Esse ciclo dura cerca de 48 horas e, ao término, se transformam em mosquitos adultos”, disse ela.

Prevenção como forma de combate

O mosquito da dengue, também conhecido como Aedes aegypti, é um inseto que pode transmitir uma variedade de doenças, incluindo a dengue, chikungunya, zika e febre amarela. A prevenção da proliferação desse mosquito é crucial para evitar a disseminação dessas doenças.

Existem várias medidas que podem ser adotadas para prevenir a proliferação do mosquito da dengue, como eliminar os locais de reprodução do mosquito, que são os recipientes que acumulam água parada. Portanto, é importante verificar regularmente locais que possam acumular água, como pneus velhos, garrafas, latas e outros objetos.

Também é fundamental que cada um faça a sua parte para manter o ambiente limpo e seguro, eliminando possíveis focos de água parada, a fim de reduzir o número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e garantir a saúde e bem-estar da população.

Mosquitos geneticamente modificados são nova arma contra dengue

A Santa Casa de Porto Alegre está empregando uma técnica inovadora para reduzir a disseminação de dengue na cidade. Trata-se do uso de mosquitos machos da espécie Aedes aegypti, que foram modificados geneticamente em laboratório para impedir a proliferação da doença. Esses mosquitos, que não possuem a capacidade de picar nem transmitir dengue, são criados em caixas instaladas na área do hospital, que possui cerca de 25 mil metros quadrados.

Cada caixa tem a capacidade de gerar aproximadamente mil mosquitos. O processo de criação desses mosquitos é realizado em uma cápsula que contém ovos da espécie Aedes aegypti modificados geneticamente em laboratório. A mudança genética realizada nesses insetos faz com que eles produzam uma proteína capaz de matar as fêmeas da espécie após dois dias. Dessa forma, apenas os mosquitos machos, que não oferecem risco à saúde, sobrevivem.

De acordo com a empresa responsável pelo desenvolvimento do sistema, os mosquitos criados são liberados no ambiente e procuram fêmeas para acasalar. As fêmeas que tiveram contato com esses mosquitos modificados geneticamente morrem em um período de até 48 horas. Essa tecnologia já vem sendo empregada desde 2018 em Indaiatuba, no estado de São Paulo, onde houve uma redução de 96% na quantidade de mosquitos.

Quantidade de casos por bairro

Centro: 4
Imigrante Norte: 3
Operária: 2
Solar do Campo: 1
Jardim do Sol: 1
Ipiranga: 1
Firenze: 1
Paulista: 1

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