Apesar de afetar menos as crianças, elas precisam de maior atenção durante a pandemia

Angélica Spengler/AG

Especialista esclarece dúvidas sobre os cuidados com os pequenos.

Apesar de não figurar no chamado grupo de risco para a Covid-19 — já que a maioria das crianças que contraem o vírus apresentam um quadro leve —, não se deve subestimar o vírus, os pequenos não estão imunes a doença e também podem precisar de cuidados em Unidades de Terapia Intensiva.

Dos 1.417 casos registrados em Campo Bom até o dia 10 de agosto, 76 ocorreram em crianças de um mês a 12 anos. A informação é de um levantamento realizado pelo Jornal A Gazeta por meio dos dados do Boletim Epidemiológico Municipal da Prefeitura. O balanço levou em conta casos registrados entre 10 de março a 10 de agosto.

Mesmo que as evidências científicas atuais comprovem que o novo Coronavírus afete com menos frequência e menor gravidade as crianças em relação aos adultos, o diagnóstico positivo de um bebê de um mês acendeu um alerta.

A pediatra, Catia Strassburguer, afirma que geralmente as crianças são assintomáticas ou apresentam sintomas leves da Covid-19. Os sinais mais recorrentes são febre e tosse, mas também já foram relatados fadiga, congestão nasal, nariz escorrendo, diarreia e vômito. Apesar de já ser comprovado que os pequenos são menos suscetíveis a doença, ainda não há uma explicação definitiva para isso. “A maioria tem um quadro como um resfriado comum, com tosse leve, coriza. Ficam ativos. Muitos nem tem febre”, explica.

Ao contrário das crianças, os idosos e as pessoas com comorbidades – como diabetes, pressão alta e em tratamento de câncer – têm mais chance de desenvolver formas graves da covid-19. Por isso, o conselho é que os pequenos evitem visitas a esses grupos. Se em casa tiver alguém do grupo de risco, o ideal é que a criança mantenha distância de aproximadamente dois metros e evite qualquer tipo de contato físico próximo. “As crianças tem um risco menor de desenvolver a forma grave da doença, mas devem ficar em isolamento domiciliar por duas semanas e deve-se observar se há sinais de piora, que seriam febre persistente, muita tosse, dificuldade para respirar, prostração, manchas na pele. Nesses casos, procurar atendimento”, esclarece a pediatra.

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