Por: Briane Colissi
Olá comunidade de Campo Bom, pra quem não me conhece, me chamo Briane da Silva Colissi, sou filha de Marisane da Silva Colissi e João Lierte Colissi e divido a vida com uma maravilhosa chamada Angélica Spengler e nossos três filhos pets, Pudim, Goiaba e o Oreo. Nasci e cresci em um dos bairros mais antigos da nossa cidade, no Porto Blos ou na “Baixada” para os íntimos.
Como boa cria da vila, tive uma infância rodeada de aventuras e a principal delas era um compromisso diário que tinha após a aula no João Blos: jogar bola no campo. E quem conhece a “Baixada” sabe que campos de futebol são especialidades da casa, pois lá existem três, o União, Riograndense e o Greminho. Por questões de proximidade, o que mais frequentava era o União, pois toda minha família materna reside ali, em frente à sede, e pra quem um dia quiser conhecer, é só perguntar onde mora a família do Baiano, que é meu avô e uma figura muito conhecida no bairro.
A vivência nos campos de futebol era algo que eu amava, embora muito mal vista naquela época — uma menina frequentando campos de futebol, “onde já se viu.” Acompanhar a vázea, o time de futebol do meu tio Nio, que se chamava Couros Brasil [ele que hoje também é um assinante do AG, um abraço tio], eram eventos de finais de semana esperados com muita ansiedade por mim.
Toda essa experiência me credenciou para uma das etapas mais importantes da minha vida: ingressar em uma faculdade. Pra quem vem de onde eu vim, oportunidades como essas são raras. Mas graças a um programa de incentivo ao esporte da Universidade Feevale, que disponibiliza bolsas de estudos para atletas que fazem parte de suas equipes de competição, ingressei na tão sonhada faculdade, mais especificamente no curso de Design. Onde experienciei por longos sete anos a vida de acadêmica e atleta, da qual me orgulho muito. Conheci pessoas incríveis, amizades e mentores que levo para a vida.
O meu diploma me credenciou a trabalhar com a criatividade, e foi nos setores de desenvolvimento da indústria têxtil que adquiri as maiores experiências profissionais. Mas chega uma etapa da vida, aquelas mais próximas dos 30 anos, em que em algum lugar do nosso inconsciente despertam algumas dúvidas, especialmente as relacionadas com o rumo que iremos tomar na vida. E, em uma dessas reflexões, entendi que eu gostaria de mais do que um emprego bem remunerado, eu queria algo que fizesse sentido. Foi então que, em uma conversa com o Mauri, decidimos iniciar essa parceria com o AG.
E hoje estou aqui, garantindo que essa edição comemorativa chegue até a sua casa, sua escola ou seu trabalho. De tantas responsabilidades que tenho, uma das maiores é diagramar a edição impressa para que você possa estar lendo neste momento, um verdadeiro patrimônio da nossa comunidade. As redes sociais, a inserção no digital, também são de minha incumbência. Garantir que a comunidade seja informada com ética, responsabilidade, sem sensacionalismo e com representatividade. Guardar a história de uma cidade. Agora sim, as coisas estão fazendo sentido!
Vida longa ao Jornal A Gazeta!