A doce identidade de Campo Bom: Pão de Laranja, sabor que resgata tradições

Da mesa das famílias aos eventos culturais, o Pão de Laranja se torna o coração pulsante da herança gastronômica de Campo Bom

Campo Bom, cidade marcada por suas tradições, vê sua identidade cultural ganhar um sabor único com o reconhecimento do Pão de Laranja como patrimônio gastronômico. Uma jornada que começou com a pesquisa audaciosa da Fundação Cultural, Conselhos Municipais e estudantes de Gastronomia da Universidade Feevale.

Foi durante um seminário nacional que estudantes da Feevale, em busca de pratos típicos não tão conhecidos, viram no Pão de Laranja uma oportunidade de resgate cultural. “Buscamos referências locais e descobrimos essa tradição que estava à margem do reconhecimento”, revela a coordenadora de Cultura, Renata da Silva.

A pesquisa não apenas revelou a existência da tradição do Pão de Laranja, mas também apresentou fatos históricos que respaldaram sua escolha como símbolo gastronômico da cidade. “Era importante destacar o papel do Pão de Laranja nas mesas das famílias e padarias locais, mesmo que não tivesse a visibilidade merecida”, afirma a entrevistada.

O Pão de Laranja não é apenas uma iguaria, mas um elo com o passado. A receita original, guardada como um segredo de família, é agora pública por meio da lei municipal de reconhecimento do patrimônio gastronômico. No entanto, cada geração local contribui para a preservação, modificando o preparo de acordo com suas experiências e gostos.

Mais do que um simples alimento, o Pão de Laranja é uma tradição compartilhada em toda a comunidade. Presente na Feira do Agricultor, na Festa do Colono e nas padarias locais, o pão de laranja é um elemento constante nas ações de educação patrimonial. “É estudado e produzido com as crianças, mantendo viva a chama dessa tradição”, enfatiza Renata.

A cidade investe na promoção do Pão de Laranja como um atrativo turístico. Nas ações de marketing e eventos, a herança gastronômica de Campo Bom é destacada. “Visitantes levam consigo não apenas o sabor, mas uma parte da nossa história”, conclui Renata, mostrando como a cidade compartilha seu patrimônio com o mundo.

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